eu estava com medo. gélido, paralisante. um medo que só quem já teve síndrome do pânico, depressão, sofreu assalto à mão armada ou ouviu a sentença de um médico sobre um ente querido num corredor de hospital.
um medo de morte.
não, eu nunca mais conseguiria. não, era irreversível. não, não tinha jeito, nem choro, nem reza brava. não, eu não era mais eu. não, eu é que era mesmo assim. não, não, não, não.
mas a garra do medo não é mais dura que a do orgulho. e o medo que me puxa pra baixo nada pode contra a do orgulho que me leva pra cima. vou me ralando, me esfolando, me batendo. mas a boca do lobo já não é tão funda.
a rita bem que disse: livre-se das suas máscaras! mas seja gratas a elas. foram elas que a trouxeram até aqui.
certamente , um dia desses, já não serão mais necessárias e delas me despedirei com certo alívio, e - espero - com leveza.
hoje são um exoesqueleto: me defendem e me mantêm de pé.
e, by the way, estou sim, me sentindo um inseto. mas dos bonitinhos. e que avua...
2 comentários:
artrópode. melhor que ser cocô de cavalo de bandido.
rssssssssss. mas, sem dúvida, foi inspirador...
beijo.
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