24.7.06

alice pollyana e o gênio da lâmpada

olha que coisa estranha é o ser humano. quando eu saí do meu penúltimo emprego (do último "me saíram"), eu pensei em trabalhar em casa, fazendo freelas. aó o dinheiro acabou e eu fui procurar outro trabalhao. mas durou apenas seis meses. e de lá pra cá venho vivendo com freelas, o que não é muito fácil, mas vai-se levando. quer dizer, eu consegui o que queria: estar em casa, pra ficar mais com minha filha, cuidar das minhas coisas e, ao mesmo tempo, trabalhar. só que eu fiquei sempre tão preocupada com a instabilidade, com não ter uma data certa pra receber etc, etc, etc, que nem me dei conta de que, enfim, realizei um desejo. veja, bem, caro leitor, você mesmo pode estar finalmente vivendo o grande sonho da sua vida. e ele está passando batido porque você nem está olhando. está preocupado proque tudo mudou, porque as coisas são diferentes do que vc imaginou, blá-blá-blá.
alerta vermelho, queridos. a gente fica com a janela fechada, calculando perdas e danos, revirando nossos baús de casos velhos *. o gênio da lâmpada realiza nossos desejos e a gente nem tchuns.
me devolve meu lugar comum: a vida é bela. difícil. e bela. como tudo que vale a pena.
* meus agradecimentos a indiara, que cunhou esta riquíssima expressão idiomática.