14.12.05

máxima, máxima, máxima culpa

tudo que eu não vi
me assombra agora o olhar.
cega, tão cega...
e deixei que se fossem todos –
amigos, irmãos, prováveis presenças.
hoje tão claro;
tão esquivo, então.
o tempo não volta.
voltarão as pessoas?
mais uma vez, nada enxergo.
mas não é a escuridão
que me cega agora.
é a luz a transbordar dos meus olhos.

(aos que deixei pelo caminho)

7 comentários:

Anônimo disse...

Acho que quando deixamos abertos os caminhos, as portas, os braços e o coração, ir e vir é opção de tempo, vontade e saudade. Na dúvida se o caminho está ou não - digamos assim - transitável, um sinalizador ajuda bastante. Beijo.

Anônimo disse...

Revisando (eu e minha pressa!): (...) é opção, questão de tempo, ...

persefone disse...

algumas perdas são definitivas. mas meus caminhos estão abertos, sim.

Atena disse...

Querida,
suas palavras lá no templo...este post...soltaram a lágrima presa e deixaram-me assim: com vontade de chorar todas as águas do mundo.
Um beijo com amor e admiração.

Anônimo disse...

Só considero definitiva se as pessoas já não estiverem nesse plano. Você sabe das minhas histórias: depois que eu me reaproximei daquela amiga de Uberlândia após 12 anos de ausência, acho que tudo é possível. E olha que bastou um telefonema no dia do aniversário. A conversa transcorreu como se tivéssemos falado há 2 dias. Não existe nada que o amor não possa recuperar. Beijo.

persefone disse...

eu queria muito acreditar nisso, ademas. mas não creio. não em todos os casos.de qualquer forma, saber que você vive isso me dá a esperança de que eu esteja errada. tomara.

persefone disse...

atena. minha amiga. tó um paninho, tó. (um lencinho não dá pra enxugar...)