5.5.06

as horas de solidão

o que fazer dessas horas com que a solidão me presenteia?
como brincar com todo esse silêncio?
há estrelas lá fora, há vento e grilos e tudo.
com tudo isso se poderia fazer um poema.
e no entanto eu faço perguntas.
os relógios não marcam horas
marcam o espaço, o percurso
entre o pensamento, a mão e a tecla.
nesse interlúdio
escorrego por entre as máscaras.
sou eu, aqui, sob a luz.
dou as mãos ao silêncio, me visto de solidão
e saio a brincar de roda
por entre estrelas e memórias.

4 comentários:

Atena disse...

Muito lindo.
Aprecio muito, cada vez mais, os sons do silêncio.
E, eu não sabia que você andava escrevendo de novo. Fico mais que feliz! Um beijo.

persefone disse...

oi, deusa!
tô escrevendo desde que são br turbo me deu a benção. mas felicidade mesmo é vc aqui! beijão, linda!

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Os longos anos morando sozinho (ou quase, rsrsrs) me ensinaram a amar, respeitar e reverenciar o silêncio. Beijo.

persefone disse...

beijinho, demas. bem baixinho...