nunca mais
navegar sem âncora
nem saltar sem rede
nem voar no escuro ao meio-dia
nunca mais
borboletas no estômago
nem suores, calafrios.
nunca mais
o medo virgem,
nem a dissonante melodia
nunca mais
mergulhar
na mais profunda melancolia
como peixe num aquário, nem mais um dia.
(pra mim, que não acredito em definitivos,
o nunca mais é uma sentença de morte,
sem dia pra ser executada.
uma possibilidade, eu sei, certeza não se tem de nada.
mas ainda assim, é como uma armadilha, preparada
de emboscada.
nunca mais é além do que me é possível suportar.
vou então pensar no hoje.
só por hoje, tudo é possível.)
23.3.07
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2 comentários:
É certo que tudo que você escreve tem a sua cara e não podia ser diferente: é cria sua, né? Mas alguns escritos são mais parecidos ainda: "Só hoje" faz parte dessa leva. Vejo você em cada palavra dele (o que me emociona muito, ainda mais ouvindo "Amie" do Damien Rice ao fundo). E é isso mesmo: se "nunca mais" pesa muito, prometa-se o hoje. Beijos, beijos, beijos, beijos... E muita saudades de você.
demas, meu caro homem perfeito, estou vivendo de hojes. só que faz uma falta sonhar amanhãs... bj com muuuuita saudade.
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