agarrei-me à máscara, como se dela dependesse a vida. se ninguém vê meu rosto, meus sentimentos, é como se eles não existissem no mundo real. claro que sei: é por pouco tempo. mas todos têm seu necessário alívio, ainda que temporário. saber que ninguém vê meus olhos é tranquilizador. esta burca me defende da pena e da raiva; do vazio e do medo;de algumas possibilidades de amanhã.
a máscara me cai bem. com ela todo dia é de sol, toda manhã é sábado, toda dor é vácuo.
2 comentários:
Ai querida, às vezes, a gente precisa se permitir...
Eu não sabia que você continuava ecrevendo por aqui. Virei mais vezes, é sempre bom ler você.
Mil beijos.
welcome back. escrever é um vício, né? que eu espero nunca abandonar.
e tô me permitindo muuuuito!
bj.
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