tenho ficado muito tempo em casa. tenho tido muito tempo. e não sei bem o que fazer com ele. claro que me ocupo. numa casa sempre tem mil e uma coisas pra fazer, e ainda aparecem uns freelas... mas ainda assim é muito tempo livre. pra pensar. sabe o ditado cabeça vazia, oficina do demo (ou coisa assim)? pura verdade. o demônios - no conceito grego - resolvem todos falar comigo ao mesmo tempo. e eu descobri que tenho um pra cada personalidade. (meu nome é legião...) há tempos venho tentando me imbuir do conceito budista do não-desejo. do desapego. da certeza da impermanência. mas fomos todos criados para exatamente o contrário. meus demônios me exercitam, me colocam à prova. alguns desejam o novo, o inesperado. outros desejam manter a qualquer custo uma vida que não existe mais. e há os que temem. e os que se enraivecem. e os que choram e sentem dor. mas como existem deuses, há também os que afagam e acarinham. e me guiam gentilmente - às vezes me empurram - para fora do pântano.
tenho lido muito. ler é meu refúgio. e meus demônios lêem comigo e comigo interpretam e questionam e aprendem. e se divertem também, pelo menos alguns. sabe de uma coisa? meus daemons são gente boa. talvez, não fossem eles, meus dias seriam apenas de silêncio e paz. algum tipo de morte. meus demônios me mostram que estou viva.
tenho lido muito. ler é meu refúgio. e meus demônios lêem comigo e comigo interpretam e questionam e aprendem. e se divertem também, pelo menos alguns. sabe de uma coisa? meus daemons são gente boa. talvez, não fossem eles, meus dias seriam apenas de silêncio e paz. algum tipo de morte. meus demônios me mostram que estou viva.
3 comentários:
Outro dia você escreveu falando dos seus anjos. Então, está tudo beleza: esse equilíbrio entre o caldeirão e as nuvens é que é bacana.
;P
Beijo.
rsrsrsrs... eu nem tinha pensado nisso. boa, demas, boa!
Ah, já sentamos e jogamos truco. Ficamos amigos, meus demônios e eu.
Beijos, querida.
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