14.1.06

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eu fico procurando em filmes, músicas e textos, profundidades, entrelinhas. nem todos têm. nem todos têm que ter. eu é que procuro respostas como quem garimpa ouro, como quem escava minas à procura de diamantes. eu é que não respiro direito o ar e o sol apenas porque não sei as minhas respostas...
nenhum avião vai surgir no céu e escrever à fumaça: assim é...
nenhuma estrela cadente vai deixar como rastro luminoso o alívio de um porque.
o que espero está onde não alcanço, ainda que me retorça, ainda que me estique, ainda que me embole e soluce. está dentro e fundo.
preciso parar – 5 minutos, 5 dias, todo um ano – para visitar lugares em que não fui.
mas parar já é uma resposta. outra que não posso me dar agora.
estou cansada: há tantas imposições.
sou peixe, meu mar é a liberdade e continuo nadando em círculos no aquário.

2 comentários:

Atena disse...

Atitude hermenêutica. Ler o mundo é uma arte.

persefone disse...

que eu não domino. mas insisto, insisto, insisto...

bj.