tenho uma pessoa-irmã-amiga que teve câncer. operou e tirou o dito cujo. agora está em tratamento. é um mulherão, ossos largos, magra, olhos verdes e o nariz mais perfeito que eu já vi. por dentro é ainda mais linda. luminosa mesmo. mas é também firme e briga que é uma beleza. eu nunca vi alguém tão brava e tão doce. ela já levou muita pancada da vida. não parece. absorve cada golpe. tece em torno dele um casulo de seda. até o dia em que eles vira borboleta e se vai...
mas, em algum momento, a metamorfose não se deu. alguns casulos endureceram. e contaminaram células com essa surda revolta interna. um motim. viraram tumores, bravios, corrosivos. foram detectados a tempo e extirpados . hoje, a minha querida caminha para a cura definitiva. não tenho dúvida disso. naquele meu olimpo, ela acupa um lugar especial. é minha deusa da resiliência – um termo bem moderninho pruma antiga qualidade humana. e que ela tem de sobra, inclusive pra me ensinar.
(fiz um verso pra você,
mas era pequeno demais
pra tanto amor.
desisti.)
mas, em algum momento, a metamorfose não se deu. alguns casulos endureceram. e contaminaram células com essa surda revolta interna. um motim. viraram tumores, bravios, corrosivos. foram detectados a tempo e extirpados . hoje, a minha querida caminha para a cura definitiva. não tenho dúvida disso. naquele meu olimpo, ela acupa um lugar especial. é minha deusa da resiliência – um termo bem moderninho pruma antiga qualidade humana. e que ela tem de sobra, inclusive pra me ensinar.
(fiz um verso pra você,
mas era pequeno demais
pra tanto amor.
desisti.)
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